quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dia -8

Aqui estou eu num quarto à prova de infecções. O calendário já não se mede pelos dias do mês mas pela distância relativa ao transplante. Hoje é o dia -8, dia do início do esquema de condicionamento por quimioterapia. Até ao dia do transplante vou continuar a levar doses brutas de quimio para destruir a minha medula e deixar o corpo em condições de aceitar uma nova. Entretanto, se me sentir capaz, vou-vos deixando informados.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Como peixe no aquário

Finalmente se confirma, vou entrar para o "aquário". Amanhã (25) entro para a UTMO (Unidade de Transplante de Medula Óssea) do Santa Maria. Se achavam restritivas as visitas na UTIDH, agora esqueçam: para além de ser mais restrito, sabem aquela cena típica dos filmes americanos das visitas à cadeia com o vidro e o telefone? É mais ou menos isso...

Entretanto começo o processo de preparação para o transplante em si, agendado para dia 4 de Dezembro.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Alta

Desta vez a estadia mais curta no Santa Maria: apenas um dia e meio. Voltei na quarta-feita para casa, pela primeira vez com alta. Mas não, ainda não estou curado.

Voltei para casa e não fiz um novo ciclo porque neste momento as coisas parecem encaminhadas. Em princípio volto para o hospital no fim do mês. Em princípio para fazer o transplante no início de Dezembro.

Esperemos que sim. Já está quase.

sábado, 8 de novembro de 2008

Mais uma saída

Mais uma vez um fim-de-semana em casa.
Desta vez já em época do conforto da lareira.

Volto segunda-feira à noite para começar o sexto ciclo (será o último?).

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Incertezas e proactividade

Sem mais que se lhe diga, acabou o quinto ciclo e os valores descem para depois subir.
Quanto ao futuro restam algumas possibilidades sem haver certeza sobre quais serão o próprio futuro.

Quantos mais ciclos?
Até aos oito, depois do quinto é impossível precisar para já um número.

Dadores?
Dos três possíveis (um nacional, dois internacionais) as análises estão a decorrer de forma esperada de processo lento, e as perspectivas não parecem ser as melhores. Foram de novo chamados três familiares meus para repetir os exames, como medida de precaução (mais vale um dador familiar pouco compatível na mão do que dois de painel compatíveis a voar).

Tudo isto, juntamente com a monotonia e saturação da vida de hospital, me deixa cansado. Mas uma ideia já deixada um pouco de lado para melhores dias voltou e em força. Para breve a criação do movimento "Tens em ti", cujos objectivos primeiros serão a informação sobre ser dador de medula e a angariação de novos dadores de medula. Agradeço desde já o apoio de quem já se juntou a esta ideia e vamos ver se mudamos a consciência e mentalidade da comunidade.

Beijos e abraços a todos e um grande obrigado por acompanharem este blog que tanto tem sido desleixado.